quinta-feira, 9 de abril de 2015

Carta de Desligamento da Igreja Metodista no Brasil


JUIZ DE FORA, Páscoa de 2015 – Domingo da Ressurreição

Palavras iniciais
Combati o bom combate
Completei a carreira
Guardei a fé.
II Timóteo 4.7

Amigos e amigas que me conquistaram na trajetória pastoral,
Graça e paz!

Na epígrafe em evidência, o apóstolo Paulo, no contexto da segunda carta a Timóteo, nos estágios finais de sua própria vida, revela um resumo de sua jornada espiritual com Cristo. As três frases constituem-se num tripé fundamental para toda pessoa que deseja de todo o coração, ser fiel à carreira a que se propõe. Segundo William Barclay, teólogo escocês, é provável que o apóstolo Paulo tenha feito uma analogia entre a sua vida e os jogos romanos, usuais em seu tempo. Por exemplo, ao falar de combate, alude à competição que ocorria na arena do circo romano. Combater o bom combate refere-se, então, à consciente disposição do atleta em doar energia numa boa e justa luta independente de ganhar ou perder. No que se refere a completar a carreira, Barclay afirma que “é fácil começar; difícil terminar. Na vida é necessária a resistência, e muita gente não a tem”. Entretanto, Paulo declara que concluiu bem a carreira a que se propôs. E, em terceiro lugar, Paulo afirma ter guardado a fé, numa possível alusão ao fato de que ele honrou sua missão, sendo fiel a Cristo. (BARCLAY: The second letter to Timothy. Disponível em ipuniao.org.br/ biblioteca).
Longe de parecer-me com o referido apóstolo, tomo emprestadas as suas palavras e o comentário devocional de Barclay, para dizer: combati o bom combate, guardei a fé, mas não vou completar a carreira, pelo menos no campo ministerial na igreja metodista no Brasil. Entretanto, fiz o melhor que pude e com sincero sentimento de dedicação, pastoreei com responsabilidade os paroquianos a mim confiados, honrando em meu ministério Cristo, meu Senhor.
Numa perspectiva pessoal, esta será a última vez que escrevo a essa que foi sempre minha amada igreja. Quanto aos (às) amigos (as), continuarei a relatar meus sentimentos, num campo mais amplo e livre. De antemão, gostaria muito que todos considerassem esta minha narrativa na perspectiva de uma alma inquieta, que sempre desejou contribuir sobejamente pela causa do Reino de Deus. Em segundo lugar, espero que este comunicado seja acolhido como a expressão de alguém que espera o bem estar para todas as pessoas.


Desencantamento com a igreja metodista
Para os que acham que a minha decisão foi impensada ou tomada puramente no campo das emoções, quero deixar claro que minha inquietação com a igreja metodista iniciou-se em 2006, no campo de guerra chamado concílio geral.
Neste conclave, marcado por um alto índice de politicagem suja nos bastidores e corredores, antes e durante as sessões, acordos espúrios foram efetivados, gerando umas das mais insanas eleições da história do metodismo em terras brasileiras. Sempre ouvi em testemunhos múltiplos oriundos de amigos (as), que a eleição de um bispo ou de uma episcopisa se dava num campo de sensibilidade espiritual, onde os (as) pastores (as) reconheciam entre os pares os mais capacitados pastoralmente para o exercício de pastorear pastores (as). Entretanto, o clima pesado das eleições em 2006, a decisão contra a proposição ecumênica da igreja metodista e a patinação administrativa, aliada a hipocrisias díspares, me fizeram sofrer um primeiro processo de desencantamento. A igreja era para mim a namorada ideal, com suas imperfeições, é claro, mas ideal em minhas perspectivas pontuais. Muito do que conquistei em minha vida devo a igreja metodista, como por exemplo, os rudimentos da fé, a formação teológica e os valores que fizeram de mim uma pessoa melhor. Adjunto a essas conquistas, aprendi a ser transparente por demais. A primeira sessão do concílio em Aracruz finalizou-se, sem finalizar-se. Veio a segunda sessão, pois todas as temáticas administrativas estavam em aberto, entretanto novas conciliações esquizofrênicas aconteceram em São Bernardo do Campo, na Umesp. Os conchavos por debaixo dos panos continuaram. Fingiu-se a conciliação, mas a ferida aberta na primeira sessão, imensa por sinal, ficou aberta.

  
Debate de ideias, defesa das pessoas
Com a chegada do atual bispo da IV Região, em 2007, as expectativas eram grandes e alvissareiras. Teríamos um tempo diferenciado para a região? No concílio regional de 2006, fui eleito para a Coordenação regional de ação missionária – Coream (2007-2008). Na mesa, já no exercício da função, debatemos questões específicas inerentes à natureza da igreja metodista na IV Região, e logicamente, muitas indisposições advieram, pois a tonalidade impositiva da “presidência” se tornou evidente. Embora ciente de que as questões estavam sendo tratadas no campo das ideias e não no campo pessoal, decorreu dessa relação o surgimento de uma série de comentários, principalmente oriundos dos meus pares, que afirmavam que eu estava me levantando contra o bispo da região. Todavia, longe de mim estava a ideia de importunar qualquer pessoa dentro dos círculos sociais e eclesiásticos. Ao contrário, estava tão somente, defendendo os interesses da IV Região, tendo sido legitimamente eleito em concílio para a função. Inclusive, em uma reunião afirmei em alto e bom som que não estávamos contra o bispo. Estávamos querendo que as demandas regionais dessem muito certo, como até hoje muitos querem – Eu abandonei essa ideia. E por causa de palavras como essa e outras proposições, os comentários se ampliaram. Na época não dei muita atenção. Mas ultimamente, em meio a múltiplas revisões de vida, tenho me debruçado em agonia. Minha família muito sofreu, por ouvir o que não precisava ouvir. Enfim, minha intenção sempre foi a de trabalhar em prol do bem estar social, segundo o princípio bíblico de buscar o Reino de Deus e sua justiça.


Concílio Regional de 2008
No concílio regional de 2008, confesso ter ficado muito indignado quando percebi ter sido vitimado por colegas que usaram o meu nome de forma indevida, inclusive acusando-me de armar um golpe contra o bispo, em virtude de estar participando do movimento: Metodistas Confessantes. Detesto a ideia de ver ou saber que meu nome está sendo talhado em círculo alheio. A tal sala de oração, neste mesmo concílio, que se transformou em covil de salteadores – situação da qual o bispo tomou conhecimento – corroborou com a injustiça e desfez os princípios sagrados do Reino de Deus. De minha parte, gosto muito da conversa ao pé da mesa, embora, naquele tempo e na atualidade, elas não sejam muito permitidas, afinal de contas, o que vale é seguir a “visão” imposta.
Do meu envolvimento com os Metodistas Confessantes, como a maioria sabe, surgiu a questão dos irmãos de Belém em 2010. Pela amizade e o carinho que nutria, especialmente por um irmão em específico, o qual conheci no Instituto Metodista Granbery, agi com o intuito de tentar reverter um quadro que, na minha concepção pessoal, estava sendo conduzido de forma indevida e poderia ter um desfecho pastoral emblemático e significativo. Sempre acreditei no pluralismo da igreja e na sua sempre constante busca por unidade. Sempre acreditei que o mais belo em toda a trajetória da igreja metodista estava figurado no fato dela saber lidar com as suas diferenças de forma conciliar. De fato, somos diferentes e plurais, mas isso não nos impede de termos objetivos comuns, conquistados no terreno do diálogo franco, honesto e preocupado com o bem estar das pessoas, pelo menos em sua maior parte. Em suma, nossa identidade ou o que se pensa dela, é marcada pela síntese das contradições. Essa é a minha concepção.
Na mesma época supracitada, fiquei triste ao saber, que por ocasião de uma visita a um irmão e sua família, que moravam na cidade de Belisário, juntamente com vários outros irmãos e irmãs da cidade de Juiz de Fora, espalhou-se a notícia de que eu estava me lançando candidato a bispo. Fiquei estupefato com a fofoca. Assimilei-a com certo humor e o tempo, sempre meu grande aliado, mostrou o quanto os burburinhos estavam equivocados.


Águas passadas não movem moinhos
Dizem por aí que "águas passadas não movem moinhos", o que compartilho, mas não podemos nos esquecer de que as águas passadas podem arruinar e até apodrecer o moinho. Sendo assim, não quero mais ver os moinhos que giram em minha vida serem arruinados por coisa ou pessoa alguma. Na minha concepção, alguns moinhos precisam ser abandonados à própria sorte e lançados ao mar do esquecimento, para usar aqui uma figura bíblica.
Outrossim, expresso a todos que a minha vida sempre foi um livro aberto. Casado há 24 anos com uma mulher especial e companheira, tendo um filho e uma filha, ambos na adolescência, sempre me preocupei com a minha vida familiar. Ultimamente, estava fazendo minha família sofrer, pois eu mesmo estava em sofrimento. Fiquei deprimido por três semanas. Não tinha vontade de sair de casa. Procurei um médico e ele me disse que o remédio que eu precisava administrar não poderia ser receitado por ele. Sim, meu problema era a igreja metodista no Brasil. Não a sua belíssima e rica doutrina, mas os elementos que compõem sua rasa visão na atualidade.
Em minhas intermináveis buscas por sentido em relação ao momento que estava vivenciando, a memória levou-me a lembrar-me do meu encontro diferenciado com Cristo aos 16 anos, na igreja metodista do bairro Monte Castelo – JF. Entretanto, antes de fazer meus votos na referida igreja, pesquisei e visitei diversas outras denominações com o finalidade de saber onde eu poderia desenvolver meus dons e talentos. Enfim, descobri que a que mais me apetecia era a metodista, por três fatores específicos:
1. Abertura para a ecumenicidade numa dimensão criteriosa;
2. Perspectiva conciliar com amplas participações dos leigos;
3. Teologia da graça;

Esses elementos me alimentaram a alma e me deram contentamento para a jornada cristã. Trabalhei sempre entendendo a nossa pluralidade. Defendi perspectivas, valorizando ideias alheias e até diferentes das minhas. Nunca fui um conservador ou tradicional. Sempre lutei e preguei pela boa renovação da igreja. Sempre entendi que uma igreja viva precisava de novas inspirações para a vida pública. No metodismo, sempre encontrei isso.
Mas agora, os tempos são outros. Eu estou completamente boquiaberto com o volume de proposições neopentecostais no arcabouço da igreja metodista no Brasil. O fato é que uma instituição como a metodista precisa de dinheiro para se manter estruturalmente. Antes, o dinheiro provinha de instituições ecumênicas e das Universidades Metodistas. Hoje, o caminho se dá pela arrecadação financeira indiscriminada. Recentemente, encontrei uma manifestação em rede social, convidando pessoas para comprarem a “água consagrada”. Nesse arcabouço, entristece-me saber que líderes nas igrejas estão oprimindo seus membros com doutrinas espúrias e campanhas fraudulentas. Entristece-me saber das campanhas financeiras travestidas de campanhas de prosperidade. Entristece-me saber que muitos estão evidenciando o assédio moral sobre os membros da igreja, quando estes se opõem aos famigerados “encontros com Deus(?)”. Entristece-me saber que os bons são os que fazem a igreja encher-se a qualquer custo. Entristece-me saber que a boa fé dos(as) irmãos(ãs) é usada para que a(o) pastora(or) tenha um alto salário. A(O) obreira(o) é digna(o) do seu salário, mas é indignidade explorar a fé alheia. Entristece-me saber que as assessorias estão preocupadas, em sua maioria, com a posição social e o status quo. Pastores(as) estão abandonados(as) à própria sorte. Muitos só permanecem por falta de opção. Poderia citar uns cinquenta, sem pestanejar. Isso só na IV Região. Nunca se chegou a um nível tão grandioso de doenças emocionais e físicas, como na atualidade, além de crises homéricas. Nos corredores eclesiásticos, clamores, os mais diversos, se intercruzam desvelando problemas, no mínimo, assustadores.


Cansaço gerado pela teimosia
Eu não sou perfeito e nem padrão de santidade amorfa para ninguém, mas sempre zelei pelo púlpito e pela prática pastoral equilibrada. Luto pelas pessoas quando as vejo injustiçadas pelo sistema. Foi essa igreja quem me conquistou para o ministério pastoral e quem me preparou para ser o que hoje sou. Amei profundamente e me desiludi profundamente quando suas principais balizas foram alteradas, fazendo ruir o edifício histórico que apresentava os monumentos de uma sempre viva tradição wesleyana. Não compactuo com:
1.      Autoritarismo dos líderes eclesiásticos, com aceitação muda de imposições ditatoriais;
2.      Visão do G12;
3.      Igreja em células;
4.      Favorecimento dos bajuladores ou os que “puxam o saco”;
5.      Chacotas e piadinhas sobre os que não se adéquam;

Eu, de fato, hoje, não consigo mais defender ou mesmo aplicar à dinâmica do meu ministério pessoal os procedimentos burocráticos solicitados pela igreja metodista, em geral. Não consigo mais ser submisso ao que não acredito. Se no passado assim agi, foi muito mais por acreditar na possibilidade de transformação. Mas ela não veio; ela não ocorreu, ou veio de um jeito estranho ao meu olhar e ao olhar de muitos.
Pode parecer fuga ou coisa do gênero, mas não quero mais lutar contra os monstros imaginários que perambulam por esta instituição. Ademais, o que julgo importante não serve para a “visão” atual. Cansei, e não mais quero exercer o meu direito de falar e de me expor como muitas vezes o fiz. Cansei de tudo isso. Recolho-me à minha insignificância. Todas essas reflexões nascem no terreno da angústia e se aguçam ainda mais quando percebo que sou apenas um joguete nas mãos da instituição. Não quero mais sê-lo.
Assim, lanço-me à sorte, deixando uma trajetória pastoral de 22 anos, começada na igreja metodista de Conselheiro Lafaiete (1992) – meu primeiro desafio missionário, passando pelas igrejas metodistas de Goiabeiras – ES (1997-1999); Central de Belo Horizonte (2000-2003); Benfica em Juiz de Fora (2004-2005); Pastoral do Granbery (2006-2007); Jardinópolis em Juiz de Fora (2007); e culminando agora na igreja metodista Bela Aurora (2008-2015).


O exercício do ministério pastoral
Para mim, ainda, o exercício da carreira ministerial em uma comunidade que tipifica sempre a esperança de um novo amanhecer é especial, mesmo quando o momento é um crepúsculo cinzento e nebuloso.
Juro que tentei salvaguardar a minha alma das intempéries do dia-a-dia para manter-me sóbrio no exercer de minha prática na igreja local. Mas, em vão! Os mandos e desmandos oriundos de um processo sem base histórica, sem o mínimo de leitura criteriosa da tradição, deixaram-me sempre com uma pulga atrás da orelha e múltiplas inquietações no exercício de minha função.
Deixo o exercício ministerial na igreja metodista com honra. Não dividi a comunidade e nem convidei qualquer pessoa para sair comigo.
Saio sem nenhuma perspectiva profissional, tampouco atividade remunerativa que me auxilie financeiramente, pelo menos por enquanto. Corro o risco da minha decisão, acompanhado de minha família. Como já se tornou evidente em minhas palavras, perdi todas as coisas, porque perdi a alegria – esse elã vital – em exercer, prontamente, minhas autênticas inclinações e convicções pastorais. Mas vou recuperá-la, brevemente.  Mesmo assim, quero deixar claro que deixo de ser pastor da igreja metodista no Brasil, mas não deixo de ser um pastor metodista!


Nãos!
E para os incautos, um ditoso aviso: coisa alguma me desabona no campo da moral. Não estou em pecado. Não roubo. Não adultero. Não sou relapso com a obra. Não prego mal e sem fundamentos bíblicos. Não organizo o culto nas coxas. Não sou um teólogo fraco. Não ministro equivocadamente os sacramentos. Não maltrato as pessoas. Não sou preguiçoso. Não sou maledicente. Não tenho medo. Não recuo diante dos desafios que valem à pena. Não me considero melhor e nem pior do que qualquer pessoa. Sou, sim, tomado continuamente por um angustiante sentimento de inadequação e de desencantamento para com a igreja metodista.
Essas deformações que se instalaram em minha alma me fazem desistir do ministério na igreja metodista no Brasil, mas não do ministério pastoral para o qual Deus me chamou.


Entrega das credenciais
Ao longo dos últimos nove anos, fui convidado a entregar minhas credenciais. Diziam: “Se não está satisfeito, então sai! Pois a igreja metodista agora é assim!” Muitos, inclusive, torceram para eu entregar as credenciais. Demorei a tomar essa decisão, pois para mim, entregar uma credencial é mero ato institucional e sem valor espiritual. Mesmo porque o meu ministério pastoral pessoa alguma pode tirar! Além do mais, por causa da igreja metodista em Bela Aurora, segurei a entrega até onde pude! Hoje, continuo submisso a Deus e ao chamado que Ele me fez. Hoje, quero tão somente a possibilidade de exercer meu ministério. Hoje, almejo a oportunidade de expressar a minha fé em consonância com outros, visando o bem estar comum e integral. Hoje, não quero mais continuar nesta igreja metodista, pois seus mandos e desmandos atuais provocam-me náuseas. Não existem mais as construções no campo conciliar, somente a imposição de visões inconsistentes. Sempre me preparei para assessorar a medida do possível as instâncias da igreja, visando a sua maior aproximação à dinâmica do Reino de Deus. Acontece que, por uma razão óbvia, elencada em várias frases neste texto, minhas emoções foram determinantemente afetadas e me fizeram uma pessoa triste. Mas eu não sou assim!
Sendo assim, entreguei as minhas credenciais à igreja metodista no Brasil. Para os que torceram por isso, dedico minhas credenciais. Tomem-na nas mãos e celebrem os despojos como bem pretenderem.


Palavras finais
Uma pergunta agora se faz necessária. Quais coisas ficam para mim?
Ficam para mim, tão somente, as pessoas queridas que tornaram minha caminhada menos áspera, as boas memórias e os rastros de coisas boas realizadas ao longo dos últimos anos.
Peço perdão aos que se decepcionaram com a minha decisão. Peço perdão aos que ficaram chateados. Mas que todos saibam que eu tentei permanecer. Foi-me impossível, por causa das afrontas que sofri a ainda sofro por parte de gente que nunca conversou comigo.
Portanto, já desligado oficialmente da igreja metodista no Brasil, lanço-me às proposições que o mundo me apresentar.
Não citarei nomes aqui, mesmo porque aos amigos eu já confidenciei todos os meus sentimentos. Saio com a benção de gente que gosta de mim. Saio com a benção de quem conhece a minha vida. Saio com a benção de gente que eu respeito profundamente.
No mais, só posso agradecer o que se passou, lamentar profundamente o caminho proposto para a igreja metodista na atualidade, e confiar na trajetória que em algum momento, se abrirá para mim, ou não.
Kírie Eleyson.

Moisés Abdon Coppe

Ex-pastor da igreja metodista no Brasil

20 comentários:

Pastor Adalberto Espanhol disse...

Ditosas palavras meu querido Reverendo...Shalom!

Monalisa e André disse...

Caro pastor/amigo, mais uma vez a clareza de suas palavras me levam a confirmar que o ministério pastoral está além das perspectivas institucionais. A caminhada cristã e o propósito de propagar o Reino de Deus nos leva a refletir:" Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm". Creio que você não se deixou dominar por nenhuma delas.Um grande abraço e até breve!

Unknown disse...

Fiquei muito sensibilizada com as palavras do Pastor...
Confesso que tenho muitas indagações sobre essa tal VISÃO, e o dito ENCONTRO com DEUS. Sou membro da I.M. da 5ª Região.Esse triste fato me motivou a me informar mais sobre minha instituição e seu momento atual.
Sem palavras... pedindo a Deus misericordia e dicernimento e a graça maravilhosa de Jesus ao pastor , família e a nossa instituição.

soubelisario disse...

Certa vez. ma Igreja Metodista em Boca do Rio - Salvador-Ba, a querida pastora Ana Glória Gris pediu, no púlpito, orações da igreja pelo Concílio Geral, em especial pela eleição dos bispo. Em particular, pela liberdade que tinha com a pastora/amiga, sugeri a ela que não envolvesse Deus numa coisa tão suja como eleição de bispo no IM, a partir de um determinado tempo. repito o que lhe disse, meu caro pastor, fiquei muito mais leve depois que deixei a IM. Também ninguém me tira o título que preservo de ser um METODISTA.
Cléber Paradela - Belisário - MG

Essieme Peéle disse...

MENSAGEM PARA O MOISÉS

Caro Moisés
O que vou escrever aqui não é para você porque certamente já sabe disso, mas é para quem o ler.
A história do cristianismo está cheia destas tragédias. Desde os tempos de Pedro, repreendido por Paulo por se afastar dos judeus quando apareceram os que defendiam a validade da Lei mosaica frente ao evangelho, passando pelos bispos que se renderam às determinações inclusive teológicas de Constantino, e ao longo dos séculos, quando os cristãos se renderam aos interesses do papado e cerraram fileiras nas Cruzadas, isto sempre se repetiu. A luta pelo poder, a ambição econômica, a fome de projeção pessoal sempre foram fatores que afetaram o desenvolvimento das Igrejas e provocaram dores e morte no decorrer da história.
O metodismo mundial não está isento destas patranhas. Basta lembra que os metodistas americanos se cindiram por causa da escravidão, que havia bispos que possuíam escravos e justificavam biblicamente (!) sua posição, que nunca assumiram uma posição crítica diante do Bush que bombardeava o Iraque e coisas que tais. Foram brigas feias nos concílios gerais brasileiros que levaram o Bispo Sante Uberto Barbieri (em crise com a “santa” D. Otilia Chaves e Dr. Derli Chaves, seu marido) a sair do Brasil e afiliar-se à Igreja Metodista da Argentina. Um dos grandes delatores de jovens metodistas aos militares em 64 foi o Bispo Isaías Sucasas e seu irmão, José Sucasas Jr. Nada disso deve ser-lhe desconhecido e pelo que vejo isto se prolongará até o final dos tempos.
Infelizmente tocou a você ser alcançado por este flagelo representado pela crise que vivemos no Brasil em que mais do que nunca o metodismo se encontra desconfigurado. Posso imaginar a dor que esta decisão significou para você, mas concordo em que vc não teve outra opção. Não sei o que eu faria se estivesse em seu lugar, mas acredito que seguiria seu exemplo. Eu também tive que fazer algumas opções – não tão graves quanto esta – e sofri muito.
O que lhe digo é que sou muito solidário com você e, se puder dar-lhe alguma força no reencaminhamento de sua vida, que conte comigo.
Na força da esperança,
Sérgio Marcus Pinto Lopes

Unknown disse...

Querido Pr. Moisés,entendo completamente suas palavras, pois, representam muito do que tenho vivenciado na Igreja Metodista, por ser contrário as imposições feitas por quem se acha melhor e superior.Temos um(a) Ponte(s) podre e que está levando a Igreja para o fundo do poço, com manias de perseguir quem é contra seus péssimos posicionamentos.
APRENDI A ADMIRAR VOCÊ QUANDO NÃO ABANDONOU OS IRMÃOS QUE ESTAVAM SENDO EXCLUIDOS DA IGREJA E LEMBRO-ME BEM DA FRASE DITA:"SE TIRAR MEUS IRMÃOS, TEM QUE TIRAR-ME TAMBÈM">, ISTO ME FEZ APRENDER A GOSTAR DE VOCÊ, MESMO SEM CONHECE-LO PESSOALMENTE, POIS MOSTROU SER UMA PASTOR DE VERDADE, QUE CUIDA DE SUAS OVELHAS E ZELA POR ELAS.TENHO CERTEZA QUE A IGREJA METODISTA ESTÁ PERDENDO UM GRANDE E ABENÇOADO PASTOR, MAS O REINO DE DEUS ESTÁ EM FESTA PORQUE VOCÊ TOMOU A MELHOR DECISÃO. DEUS ABENÇOE SUA VIDA E CONCEDA MUITA FELICIDADE,ALEGRIA E PRINCIPALMENTE A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR.GRANDE ABRAÇO, ADMIRÁVEL PASTOR."DEUS CUIDARÁ DE TI, NA TUA DOR, COM TODO AMOR. JAMAIS TE DEIXARÁ... DEUS CUIDARÁ DE TI.JOSUÉ MARIANO DA SILVA -IGREJA EM CONCÓRDIA-BH

Unknown disse...

Caro Pr Moisés!Suas palavras me entristecem. Sei de sua trajetória pastoral e dou graças a Deus por voce ter ajudado tantos no caminhar espiritual.Me entristece pela dura realidade em que vivemos como metodistas.Não apresentamos mais a conexionalidade, estamos isolados como se fòssemos igrejas individuais.Mas estou certo que o Deus em quem voce crê e que te sustentou até agora não deixará que lhe falte cousa alguma. Que Ele abençoe suas decisões e fortaleça sua fé a cada dia juntamente com sua esposa e filhos.Maestro Walater Mesquita.

Unknown disse...

O concílio de 2006 deixou marcas horríveis em nós. Amigo, sempre estaremos aqui. Que em breve você possa voltar.

Unknown disse...

O concílio de 2006 deixou marcas horríveis em nós. Amigo, sempre estaremos aqui. Que em breve você possa voltar.

Moises Coppe disse...

Obrigado pelas manifestações! Deus tenha misericórdia de nós!

Unknown disse...

Olá Pastor!
Realmente é uma pena vc ter passado por isso. A IM infelizmente está se deixando levar por uma corja de salteadores e fariseus, e está indo por água abaixo a muito tempo. Isso sem contar os maçons que ainda estão fazendo parte de diretorias, coordenando trabalhos e etc. Infelizmente a igreja está se deixando levar por autoritarismos e coisas ruins. Eu fui metodista por anos, e saí há 2 anos porque não concordava com muitas coisas também. Que Deus possa iluminar seu caminho e te guiar por lugares mais altos e melhores. Deus o abençoe.

Emanuel Gomes

Unknown disse...

Caro Pastor Moisés,

Entendo o sofrimento e angústia que ao longo dos anos foram ferindo suas esperanças de uma igreja mais unida e consciente de sua missão. Não obstante isso, para nós a vocação do pastoreio vai além de uma instituição. Sei que você tem esta convicção e, para mim você continua sendo pastor! Pessoa vocacionada e movida pelo Espírito Santo de Deus! Quem sou eu para citar um trecho da Palavra de Deus para você! Mas gostaria de tomar a liberdade e deixar dois fragmentos de II Co 4. Como filho de um pastor, também vocacionado, em muitos momentos sofrimento essas palavras me confortam e alimentam minha fé! Estamos em com você e sua família! Conte com nossas orAções!

“De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. [...] Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.”

Deus nos abençoe!

Unknown disse...

Caro Pastor Moisés,

Entendo o sofrimento e angústia que ao longo dos anos foram ferindo suas esperanças de uma igreja mais unida e consciente de sua missão. Não obstante isso, para nós a vocação do pastoreio vai além de uma instituição. Sei que você tem esta convicção e, para mim você continua sendo pastor! Pessoa vocacionada e movida pelo Espírito Santo de Deus! Quem sou eu para citar um trecho da Palavra de Deus para você! Mas gostaria de tomar a liberdade e deixar dois fragmentos de II Co 4. Como filho de um pastor, também vocacionado, em muitos momentos sofrimento essas palavras me confortam e alimentam minha fé! Estamos em com você e sua família! Conte com nossas orAções!
“De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. [...] Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.”

Sergio Eduardo disse...

Olá, meu Pastor e amigo Moises, deixo aqui meu abraço e carinho , e sei que sempre será meu PASTOR nunca pela denominação, mas pelo caráter e amor cristão que sempre demonstrou em nosso convívio a igreja metodista que perde com sua saída !!!!

Elizabete Cristina Costa Renders disse...

Moisés, você fará muita falta nesta igreja. Lembro dos nosso tempos de trabalho juntos na equipe das revistas metodistas - tempos lindos, de entusiasmo e muita dedicação!
Não consegui,como você, escrever uma carta pública de despedida quando entreguei minhas credenciais a pedido do meu bispo. Sinto que preciso fazê-lo, mas as palavras ainda estão engasgadas. Suas palavras me inspiram ... um abraço

Unknown disse...

Olá Moisés;
estou aqui embasbacada.
Li tudinho de uma vez, chorei, ri e pensei:como é que ele sabe que a gente vive essa angustia?
Suas crônicas são como um grito que ecoa em nossas mentes e corações.
Parabéns por colocar a verdade de maneira tão singular e clara e por deflagar esse processo de existir Nêle, muito além das negociações seculares em que a igreja católica apostólica evangélica está mergulhada.
Nossa oração é que o Senhor seja engradecido a partir da leitura de suas crônicas e que a verdade da vida em Jesus seja realidade para todos nós.
Graça sobre Graça, super abundante Graça!!
Abçs dos "new friends", Solange e Carlos

Unknown disse...

Boa tarde, após ler,reler algumas partes da sua carta e comentários. Sinto-me a vontade em falar que foi a mais sábia decisão que tomou. Fui membro da Metodista por 20 anos, nunca quis cursar teologia metodista por sempre achar que havia alguma coisa errada. Enfim movimentos começaram, pastores que antes criticavam a teologia da prosperidade, são os que mais adotam, sem citar encontros,reencontros, G12 e sem falar sobre líderes do episcopal que aceitam tudo, para melhorar a arrecadação. Onde iremos parar? Espero que sua decisão culmine em um evangelho simples e claro de Cristo. Paz seja convosco.
Edison

Liberdade Para Pensar disse...

Caro pastor Moisés, estou certo que um homem com seus dons, talentos e convicções cristãs encontrará lugar para o trabalho pastoral no Reino de Deus. Deus é o dono da nossa história e se o irmão crê como diz o salmo 139.16.: "todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir." E "O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus..." (Salmo 37.18,19) Então estará seguro. Deus o abençoe. Abraços fraternais. Samuel Falcone.

Rogerio.gbi disse...

Olá Pastor Moisés, conheci hoje o seu relato, e impressiona o quanto ele ainda é atual e verdadeiro, não só na Metodista, mas uma doença enraizada em quase todas as denominações cristãs, parabéns pela coragem e ousadia no Senhor, espero que tenha encontrado uma igreja que o tenha abraçado e possibilitado continuar o ministério que o Senhor o chamou.

Unknown disse...

Querido pastor! Suas palavras soaram como uma canção de ética e coerência.Conheci o senhor quando fiz minha graduação no Granbery...Uma pena o seu desligamento,no entanto, queria te fazer um pedido,abra uma escola teológica interdenominacional para que possamos desfrutar de sua inteligência e bom senso! Precisamos de teólogos sensíveis,que não negociam valores precisamos de novos Paulos e eu vejo isso no senhor! Vou deixar meu contato,pense na proposta e me avise..Lidiane 98821-8634.

DIA 70 - As mariposas giram em torno das lamparinas acesas

Gosto quando os olhares e os sorrisos oriundos de pessoas diferentes compactuam os sentimentos mais profundos numa doce simbiose. Pode ser q...